Quem nasceu primeiro: o pensamento ou a linguagem?
É quase a história da galinha e do ovo, ninguém sabe bem a resposta. Se, por um lado, a linguagem é formada a partir do pensamento (eu penso e depois traduzo em palavras o que tenho em mente), por outro lado não poderia existir pensamento se não houvesse uma linguagem para o “desenhar”.
O que dificulta a aprendizagem do Inglês a tantas pessoas é exactamente essa relação entre pensamento e linguagem, e o contra-senso que por vezes carrega: queremos falar em Inglês enquanto pensamos em Português. Não dá. Ou melhor, dá asneira.
Quando tentamos comunicar numa língua estrangeira, tendemos a estruturar primeiro na nossa língua-mãe o que queremos dizer e depois traduzimos mentalmente para a outra língua. Isso transforma-nos em sistemas com um elevado consumo e essa baixa eficiência energética gera, inevitavelmente, frustração.
Para tornar o processo mais fluído, temos que ensinar o nosso cérebro a estruturar os esquemas mentais (pensamentos) em Inglês. Não se trata de deixar de raciocinar em Português, mas sim treinar a elasticidade necessária para raciocinar, alternadamente, em Português e em Inglês.
Parece difícil. E é, um pouco. Mas da próxima vez que estiver no trânsito a praguejar e a lamentar da sua má sorte, experimente pensar em como o diria em Inglês. E repita todos os dias.